Camila Valadão defende candidatura da esquerda ao Governo e Senado em 2026

A militância do Movimento Esquerda Socialista no Espírito Santo (MES-ES), tendência interna do PSOL no Espírito Santo, do qual a deputada Camila Valadão faz parte, se reuniu para debater as eleições de 2026 e reforçou a necessidade de ampliar a presença da esquerda, com candidaturas ao governo e ao Senado. Além de colocar como prioridade a reeleição da parlamentar à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). 

Em 2022, Camila foi eleita deputada estadual com 52.221 votos e se tornou a mulher mais votada da história do Espírito Santo. O objetivo do Movimento é ampliar o feito e consolidar a atuação do PSOL e do MES no estado. Por isso, a campanha de reeleição da deputada será prioridade e vai mobilizar esforços de todo o grupo. 

“O mandato da Camila e sua expressão pública é muito importante para o PSOL e para a construção do MES-ES. Portanto, não mediremos esforços para sua reeleição, sabendo que nossos desafios serão maiores por se tratar de uma campanha estadual de norte a sul do estado. Com isso, teremos uma responsabilidade maior na construção das chapas estadual e federal”, analisou o assessor político e membro da direção do MES-ES, Ricardo Nespoli. 

Já no cenário das eleições para governo do estado e Senado, o Movimento aponta a importância de se construir uma candidatura progressista para os cargos. Segundo a avaliação do grupo, diante da consolidação de nomes da direita como Lorenzo Pazolini (Republicanos) e Ferraço (MDB), a possibilidade de uma candidatura encabeçada por Helder Salomão (PT), seria uma excelente aposta para enfrentar o avanço conservador. 

No entanto, o Movimento não desconsidera a possibilidade de o PSOL lançar uma candidatura própria, caso não seja possível a construção de uma candidatura comum no campo progressista. No que diz respeito ao Senado, o MES avalia a necessidade de construção de candidaturas de esquerda para as duas opções de voto.

De acordo com Valadão, o campo da esquerda precisa iniciar o diálogo para a construção de alternativas para 2026. “O PSOL precisa ser parte desse esforço, contribuindo até mesmo com a disponibilização de nomes para o debate público. Nós temos lideranças que podem protagonizar esse processo, entre elas já destaco os nomes dos companheiros Luiz Bricalli, servidor do Incaper, e o médico Thiago Peixoto, primeiro suplente de vereador na Câmara da Serra”. 

*Caravana Movimento*

Para promover o debate e expandir sua presença no estado, a Deputada Camila Valadão vai lançar a Caravana Movimento, uma iniciativa de articulação política que promoverá encontros itinerantes e a formação de núcleos locais. A proposta é fortalecer a nossa intervenção no interior, mobilizando novas lideranças e ampliando a base socialista no Espírito Santo.

“Uma iniciativa para estruturar núcleos políticos em diferentes municípios, organizando militantes e ativistas dispostos a fortalecer o projeto socialista no estado. A Caravana terá encontros itinerantes e uma plataforma digital para conectar novas pessoas ao movimento”, explica Camila Valadão.

Conversas com lideranças, figuras da esquerda e de outras siglas do campo progressista estão no planejamento para a construção de uma chapa para as disputas eleitorais. Além disso, há a intenção de um alinhamento com a Rede para a construção da Federação e da chapa.

Figuras como Tuanne Almeida, que é segunda suplente de vereadora na Câmara de Vitória, Luan Lessa, Dayane Abreu, Céia Lyrio, Hudson Vassoler e Agatha Benks, são referências e podem consolidar o desenvolvimento de lideranças locais, além de criar novas frentes de mobilização para o fortalecimento do partido nas eleições futuras.

Segundo Camila Valadão, a reunião do MES marcou um passo importante para a construção de uma alternativa política independente, combativa e socialista no Espírito Santo. “O cenário de 2026 ainda está indefinido, mas o PSOL, por meio do MES, se prepara para disputar com força os rumos do estado, seja com candidaturas próprias ou na articulação de alianças estratégicas dentro do campo progressista”, analisou Camila.